Por Clarice Gulyas
Lojistas e população comemoram a redução da violência nos comércios. Entre janeiro e maio de 2010, o setor registrou 2.483 ocorrências de furtos e roubos. No mesmo período deste ano, esse número diminuiu 7,2% com o registro de 2.304 ocorrências, segundo a Secretaria de Segurança Pública do DF.
O especialista em segurança, Hilário Piola, explica que além de o sistema de segurança, composto por câmeras e alarmes, age como obstáculo que dificulta a ação dos bandidos e também facilita a investigação dos crimes a partir da identificação dos invasores das lojas.
“Além desses instrumentos de proteção, podem ser utilizados acionadores de pânico em situações de emergência que visam prevenir e informar sobre eventual ação à central de monitoramento 24h, que irá verificar imediatamente a possível situação de perigo e acionar os órgãos competentes de segurança”, diz.
Segundo Hilário, que é representante de uma rede de empresas de segurança com atuação em 19 Estados, a prevenção por meio da tecnologia está cada vez mais avançada e acessível. De acordo com ele, as vendas de alarmes monitorados cresceram 10% e a instalação de câmeras 15% nos últimos seis meses.
“No comércio, especificamente, onde a grande preocupação gira em torno da proteção dos funcionários, dos consumidores, dos produtos comercializados e do patrimônio, fruto dessa relação, a eficácia do monitoramento pode ser ainda maior com a gravação de imagens pelo computador ou via internet que podem ser acessados pelo celular, ipod, iphone, etc. Os alarmes, sensores de presença, teclados de senhas e sirenes também ajudam a remover o bandido de eventual ação criminosa”, diz.
De acordo com o especialista, cuidados como reforçar fechaduras nas portas e janelas e afixar placas indicativas da proteção do local por sistema de segurança são alguns cuidados que podem ajudar a evitar surpresas desagradáveis.
No Brasil existem atualmente cerca de 710 mil imóveis monitorados por sistemas eletrônicos de alarmes. Só o DF representa aproximadamente 14 mil deste total com a instalação de pelo menos 250 mil câmeras. Enquanto o crescimento do mercado é de 13% no país, o DF supera a média nacional com taxas médias de 15%, de acordo com os dados do Sindicato das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança do Distrito Federal (SIESE-DF).
O comerciante Joares Ribeiro dos Santos já teve sua padaria assaltada duas vezes em quatro anos no Varjão. Apesar de ter sido vítima após instalar câmeras de segurança na loja, ele reforça que o investimento traz mais segurança e tranquilidade para trabalhar. “Eu me sinto mais seguro, mas nem tanto. Mas podemos entregar as imagens à polícia para que seja tomada alguma medida”, avalia.
De acordo com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista do DF (Sindivarejista), Antônio Augusto Moraes, o reforço policial e o uso de cartões magnéticos pelos consumidores também ajudou a reduzir a violência nos comércios. Além da instalação de equipamentos eletrônicos de segurança, Antônio diz que os comerciantes evitam acumular valores nos caixas e são orientados para saberem reagir em situações perigosas.
“O lojista tem investido na segurança privada para se proteger com tecnologias que vão de câmeras a sinalizadores, para dificultar a ação de marginais. Essa é uma atitude que não só o setor tem tomado. O próprio consumidor tem contribuído ao utilizar cartões de crédito ou de débito. Temos de reconhecer que essa é uma boa notícia para os nossos parceiros. Eu gostaria de parabenizar a Secretaria de Fazenda, a Polícia Civil e a Militar”, diz.
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