Vem aí a campanha de vacinação antirrábica

Há diferentes formas de transmissão da doença. Animais domésticos devem ser vacinados | Arte: Divulgação/SES

No Dia Mundial de Luta contra a Raiva, instituído como 28 de setembro, a Secretaria de Saúde (SES) lembra a importância da data. A temporada é ide conscientizar as pessoas sobre a prevenção da enfermidade, que pode acometer todas as espécies de mamíferos, inclusive seres humanos.

No Distrito Federal, a campanha de vacinação antirrábica deste ano será feita em duas etapas: em outubro, na zona rural; e, nas áreas urbanas, a partir de novembro.

No Distrito Federal, a campanha de vacinação antirrábica deste ano será feita em duas etapas: em outubro, na zona rural; e, nas áreas urbanas, a partir de novembro. Em 2019, aproximadamente 149 mil cães e gatos foram vacinados, em todo o DF, durante a campanha antirrábica.

“Datas como esta são definidas para chamar a atenção da população sobre a importância de ter seus cães e gatos vacinados”, explica o gerente de Vigilância Ambiental de Zoonoses, Rodrigo Menna. Ele orienta que, em caso de mordida de algum animal, a pessoa deve procurar, o quanto antes, o posto de saúde mais próximo à sua residência.

Dentre as doenças infecciosas de origem viral, a raiva apresenta um perigoso diferencial: é a única, em relação ao alcance e ao número de vítimas, que pode gerar uma encefalite aguda capaz de levar as vítimas a óbito em praticamente 100% dos casos.

Campanha de vacinação

Quem tem algum animal de estimação sempre é informado sobre a raiva quando vai vaciná-lo. A medida é fundamental para o controle da doença no país.

“A raiva transmitida por cães e gatos está relativamente controlada no DF”, informa Rodrigo Menna. “O único caso da raiva humana foi registrado em 1978. Ainda assim, o vírus rábico circula no DF em morcegos, bovinos, equídeos e outros animais. Por isso é importante a prevenção”.

Transmissão e sinais

O vírus da raiva fica presente na saliva de animais infectados e é transmitido principalmente por meio de mordeduras, embora eventualmente o contágio possa se dar por arranhaduras e lambeduras de mucosas ou pele lesionada.

Quando o animal está contaminado com o vírus da raiva, pode tornar-se agressivo, mordendo pessoas, animais e objetos. Manifestações opostas, porém – quando o bicho demonstra tristeza e passa a procurar lugares escuros –, também podem ser um indicativo da doença.

Nos cães, o latido se torna diferente do normal. Outro sintoma a ser observado é que o cão começa a ficar de boca aberta e com muita salivação, recusa alimento ou água e tem dificuldade de engolir, aparentando estar engasgado. Ele também fica sem coordenação motora, passa a ter convulsões e paralisia das patas traseiras (como se estivesse descadeirado). Por último, pode apresentar paralisia total, e morre.

Como proceder

Em caso de mordida, mesmo que o animal seja vacinado, é necessário lavar imediatamente o ferimento com água e sabão em barra, procurar uma unidade básica de saúde (UBS) e comunicar o fato à Diretoria de Vigilância Ambiental, pelo telefone (61) 2017-1342 ou pelo Disque Saúde – 160, bem como pelo e-mail: zoonosesdf@gmail.com.

Sob nenhuma hipótese se deve matar o animal agressor. A orientação é deixá-lo em observação durante dez dias, em local seguro, para não fugir nem atacar pessoas ou outros animais, fornecendo-lhe água e comida, normalmente. Durante esse período, deve-se verificar se o animal apresenta algum sinal suspeito de raiva (alteração de comportamento). Caso não seja possível observar o animal em casa, ele deve ser encaminhado ao canil da Zoonoses.

Com informações da SES

FONTE: AGÊNCIA BRASÍLIA * | EDIÇÃO: CHICO NETO