Vanessa da Mata em Brasília, com um toque de Beyoncé

Renata Jambeiro, emoção entre uma música e outra
Vanessa da Mata, carisma em corpo e alma

Por Clarice Gulyas
Foto1: Renata Jambeiro
Foto2: Vanessa da Mata

Vanessa da Mata veio. Alguém viu? Talvez os que chegaram antes das 8h no Teatro Nacional para a retirada dos ingressos do show, com início às 20h, no Centro de Convenções. Não deu para quem quis. E nem era para ser assim. Aliás, metade do teatro era área restrita aos Vips que ninguém sabe quem são. O palco foi tocado primeiro pelos pés descalços da nossa sambista Renata Jambeiro, que pareceu ter incorporado a própria Clara Nunes de tanta empolgação, talento e espiritualidade. O repertório era cheio de significados pessoais que a emocionavam volta e meia, com canções dedicadas à madrinha Dona Ivone Lara, ao compositor Leandro Fregonesi e, claro, à Clara, que completaria 70 anos em 2012. “É água no mar, é maré cheia, ô, mareia, ô, mareia”, animou Renata, depois de gingar muita capoeira com saia rodada junto ao seu coreto. Com 30 anos de idade e 10 de música, a brasiliense desgrudou as bundas civilizadas do teatro antes de se despedir, quando disse “Aqui a gente não tem praia, mas a gente mergulha na arte”. E abriu o espaço para a fabulosa da Mata.

Nem o maço de lirios brancos enlaçados ao microfone da cantora ma

to-grossense, anunciada por uma descrição lida ao vivo no Wikipedia, puderam evitar. Quando Vermelho tocou trazendo a atração mais esperada do 1º Festival Internacional de Artes de Brasília, o público ficou eufórico. A energia vibrante de Vanessa da Mata provocou as mais diversas reações e sentimentos, sobretudo, o de comunhão. “todo mundo vai amar hoje, não importa o quê, nem quem”, avisou. Pena não poder mostrar o que o show de Vanessa da Mata é capaz. Nem como fã que sou, nem como imprensa. Várias mãos desconhecidas e estúpidas forçavam o desligamento do meu Ipad e de várias outras máquinas digitais do camarote. “Não é para filmar nada, nem uma música”, avisou em tom ameaçador um rapaz da produção, sem identificação. Toda vez que eu pensava em pegar o Ipad, lá vinha alguém fiscalizar, metendo a cara na minha tela para checar se eram fotos ou vídeos. Resultado: assisti ao show de mau humor, sem conseguir cantar sequer uma de minhas músicas preferias. A moda da Beyoncé veio parar no Brasil, em show gratuito e mal organizado, que dentre tantas falhas divulgou o nome da cantora como “Vanessa Damata” nas pulseiras Vips. Se registrei alguma coisa? Sim, a música de abertura e Não Me Deixe Só, a qual a própria Vanessa pede “alguém filma isso, por favor”.

Vanessa da Mata pede que filmem o show:

Abertura do show:

Feed

4 comentários

Pular para o formulário de comentário

    • Sheylla em 30 de janeiro de 2012 às 11:41

    Amiga, ficou ótimo o texto. Muito lindo, delicado e gosto de ler. Parabéns amiga 🙂 muito bom o blog. bjos Sheylla

  1. Perfeito o texto e acho podre não poder filmar ein. Credo!
    Beijos
    Jana

    • Eline Bretas em 30 de janeiro de 2012 às 21:11

    Clarice,
    Também adorei o texto, uma crítica honesta e clara. Pena que você não tenha curtido tanto o show por causa dessa proibição. Beijos, Eline.

  2. Oi, amigas! Muito obrigada pela visita ao meu blog! Cada opiniao eh bem vinda por aqui! voltem sempre, lindas!

    Obs: sim, foi horrivel ficar cara a cara com a Vanessa e nao poder registrar! Para começar um show desse porte nao teria que ser feito em teatro…deprimente!

Comentários foram desabilitados.