Sem médicos na rede pública de saúde, moradores de Santa Maria e Gama-DF recorrem a UPAS e hospitais da região do entorno

A falta de médicos na rede pública do Distrito Federal tem feito a população procurar atendimento na Região do entorno. Quem mora no Gama e em Santa Maria, por exemplo, recorre a Novo Gama (GO) ou Valparaíso (GO). Isso porque, ao procurar os hospitais mais próximos, a resposta é sempre a mesma: não há médicos. Dados da Secretaria Municipal de Saúde apontaram que só no mês de fevereiro de 2016, por exemplo, pelo menos três mil do total de 6,4 mil atendimentos daquele mês foram pacientes do DF. A maioria é de Santa Maria, Gama, Vila DVO, Recanto das Emas, Riacho Fundo, Águas Claras, Ceilândia e até mesmo Samambaia, que é mais distante dali. “Esse é o único lugar próximo que tenho certeza que serei atendida. Todas as vezes em que vou aos hospitais de Santa Maria e Gama, sou informada de que só tem médico para casos gravíssimos. Aqui a gente é bem atendida, é até rápido para a quantidade de pacientes”, explicou a dona de casa Maria Francisca, 52, de Santa Maria. Via de mão dupla Enquanto pacientes do DF buscam atendimento na rede pública de saúde do entorno, moradores das regiões metropolitanas fazem justamente o contrário, recorrem a rede pública de saúde do DF. Os municípios que mais buscam atendimento no DF estão localizados no Entorno Sul, que abrange Cidade Ocidental, Valparaíso, Santo Antônio do Descoberto, Águas Lindas, Cristalina, Luziânia e Novo Gama. Os moradores dessas cidades sobrecarregam, principalmente, os hospitais de Santa Maria e do Gama, causando uma espécie de via de mão dupla na rede pública de saúde.

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